STJ consigna que perícia em ACP fica a cargo da Fazenda Pública

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on pinterest
Pinterest

STJ consigna que perícia em ACP fica a cargo da Fazenda Pública

Publicado originalmente

 

Por Elen Moreira

Ao julgar o agravo interno em que foi conhecido do agravo da União para negar provimento ao recurso especial, porquanto foi mantida pelo Código de Processo Civil a regra de adiantamento dos honorários periciais pela Fazenda Pública quando o Ministério Público for autor da Ação Civil Pública, o Superior Tribunal de Justiça manteve a decisão e negou provimento ao agravo e ao recurso especial.

 

 

Entenda o caso
Na origem o Tribunal decidiu que “os honorários de perito no caso concreto serão suportados e rateados pelas partes vencidas: Município de Palhoça e Fundação Cambirela (FCAM) e o Ministério Público Federal (sendo a União responsável por este desembolso)” considerando que “quando o Ministério Público for autor e requerer produção de prova pericial, os encargos pertinentes devem recair sobre a Fazenda Pública a que ele estiver vinculado”.

 


A parte agravante argumenta que:

(a) o entendimento adotado na decisão agravada, que segue orientação da Primeira Seção firmada no julgamento do REsp 1253844/SC, foi superado com o advento do novo Código de Processo Civil, mais precisamente pelo seu art. 91, § 1º; (b) o Ministério Público detém autonomia financeira para arcar com o adiantamento dos honorários periciais; e (c) o STF, ao julgar a ACO 1560/MS, adotou o entendimento ora defendido.

Não foi apresentada impugnação.

Decisão do STJ
O ministro relator, Mauro Campbell Marques, assentou no acórdão que o caso já foi analisado em julgamento de recurso especial repetitivo, ficando constatado que em ação civil pública cujo autor é o Ministério Público, “o adiantamento dos honorários periciais ficará a cargo da Fazenda Pública a que está vinculado o Parquet, pois não é cabível obrigar o perito a exercer seu ofício gratuitamente, tampouco transferir ao réu o encargo de financiar ações contra ele movidas (REsp 1253844/SC, de minha relatoria, DJe de 17/10/2013)”.

Foi aplicada a orientação da Súmula 232/STJ, por analogia.

Além disso, o ministro asseverou que o entendimento mencionado “não se alterou com o advento do novo CPC, pois, conforme esclarecido na decisão agravada, a hipótese dos autos envolve ação civil pública, cuja legislação pertinente continua prevalecendo, ante o princípio da especialidade”.

Com isso, o Agravo interno não foi provido.

Número de processo 1.539.210 – SC

 

 

 

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on pinterest
Pinterest
Imagem padrão
PericiaBR
Artigos: 343